As pragas de tomateiros


Principais pragas e doenças do tomateiro

 

Traça-do-tomateiro (Tuta absoluta)
Ocorre durante todo o ano, especialmente no período mais seco, quase desaparecendo em períodos chuvosos. Lavouras irrigadas por aspersão convencional ou por pivô central são menos danificadas do que as irrigadas por sulco. A irrigação por aspersão derruba os ovos, larvas e pupas, reduzindo o potencial de multiplicação do inseto.
Biologia
Os ovos são colocados nas folhas, hastes, flores e frutos. São elípticos, de cor branca, e se tornam amarelados ou marrons. As larvas eclodem três a cinco dias após a postura . São de cor branca ou verde. Após a eclosão, penetram imediatamente no parênquima foliar, nos frutos ou nos ápices das hastes, onde permanecem por oito a dez dias, quando se transformam em pupas. A fase de pupa dura de sete a dez dias e ocorre principalmente nas folhas ou no solo e, ocasionalmente, nas hastes e frutos. Os adultos  são pequenas mariposas de cor cinza, marrom ou prateada, medem aproximadamente 10 mm de comprimento e podem viver até uma semana. Acasalam-se imediatamente após a emergência, voam e ovipositam predominantemente ao amanhecer e ao entardecer. 
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Danos  
Os danos são causados pelas larvas, que formam minas nas folhas e se alimentam no interior destas. Podem destruir completamente as folhas ( e ) do tomateiro e tornar imprestáveis os frutos , além de facilitar a contaminação por patógenos.

Controle cultural  
As medidas mais eficientes de controle visam interromper o ciclo biológico do inseto, como a destruição e incorporação dos restos culturais.  
Controle químico e seletividade de produtos  
O controle químico é a prática mais utilizada por agricultores.As pulverizações devem ser iniciadas quando o inseto for constatado na área. No caso específico do Abamectin, sua mistura com óleo mineral na dosagem recomendada torna-o mais eficiente no controle de larvas. Considera-se bom o manejo que, ao final do ciclo, resulte em no máximo 10% de frutos danificados.
Mosca-branca (Bemisia argentifolii)
Períodos secos e quentes favorecem o desenvolvimento e a dispersão da praga, sendo por isso observados maiores picos populacionais na estação seca. São hospedeiros preferenciais da mosca-branca: algodão, brássicas (brócolos, couve-flor, repolho), cucurbitáceas (abobrinha, melão, chuchu, melancia, pepino), leguminosas (feijão, feijão-de-vagem, soja), solanáceas (berinjela, fumo, pimenta, tomate, pimentão), uva e algumas ornamentais como o bico-de-papagaio (Euphorbia pulcherrima). Tem sido relatada também em plantas daninhas como o picão, joá-de-capote, amendoim-bravo e datura.
Biologia
Os adultos da mosca-branca são de coloração amarelo-pálido . Medem de 1 a 2 mm, sendo a fêmea maior que o macho. Quando em repouso, as asas são mantidas levemente separadas, com os lados paralelos, deixando o abdome visível. Apenas o adulto voa, as demais fases são imóveis. A fêmea coloca de 100 a 300 ovos durante a sua vida, sendo que a taxa de oviposição depende da temperatura e da planta hospedeira. A longevidade do inseto depende da alimentação e da temperatura. Do estágio de ovo ao adulto o inseto pode levar de 18 a 19 dias (com temperaturas médias de 32°C). No DF, em temperatura de 25 ± 2 °C, a duração média total da fase de ovo até a emergência dos adultos foi de 22,9 ± 1,1 dias, na cultura do tomate. O ovo, de coloração amarela, apresenta formato de pêra e mede cerca de 0,2 a 0,3 mm. São depositados pelas fêmeas, de maneira irregular, na parte inferior da folha. A duração dessa fase é de seis a quinze dias, dependendo da temperatura. As ninfas são translúcidas e apresentam coloração amarela a amarelo-pálido .
Danos 
 Como vetor de vírus (diferentes espécies de geminivírus): podem causar perdas substanciais na cultura do tomateiro (40 a 70%). Quando o vírus infecta as plantas ainda jovens, essas têm o crescimento paralisado. Nos últimos anos, com o estabelecimento da mosca-branca B. argentifolii no ecossistema do tomate, sintomas generalizados de geminivírus foram observados nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, DF, Bahia e Pernambuco (Submédio São Francisco
Por sucção direta: ao sugar a seiva das plantas, com a introdução do estilete no tecido vegetal, os insetos (adultos e ninfas) provocam alterações no desenvolvimento vegetativo e reprodutivo da planta, debilitando-a e reduzindo a produtividade e qualidade dos frutos. Em casos de altas densidades populacionais, podem ocorrer perdas de até 50% na produção. Infestações muito intensas ocasionam murcha, queda de folhas e perda de frutos. Em tomate para processamento industrial, ocorre o amadurecimento irregular  dos frutos, provavelmente causado por uma toxina injetada pelo inseto. Isso dificulta o reconhecimento do ponto de colheita dos frutos e reduz a produção e a qualidade da pasta. Internamente os frutos são esbranquiçados, com aspecto esponjoso ou “isoporizados” .
A excreção de substâncias açucaradas é uma característica de mosca-branca e de outros insetos sugadores da ordem Homoptera. Essas substâncias cobrem as folhas e servem de substrato para fungos, resultando na formação da fumagina, que reduz o processo de fotossíntese, afetando a produção e a qualidade dos frutos.
Controle cultural
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Consiste no emprego de práticas agrícolas rotineiras para criar um agroecossistema menos favorável ao desenvolvimento e à sobrevivência dos insetos.
Plantio de mudas sadias — Quanto mais cedo ocorrer a infecção das plantas pelo vírus transmitido pela mosca-branca, mais danos serão observados, com conseqüente redução da produção.
·    Produzir as mudas longe de campos contaminados pelo geminivírus e da mosca-branca e longe do local definitivo de plantio.
·    Proteger a sementeira com plástico, tela ou tecido.
·    Proteger as mudas desde a sementeira até os primeiros 30 dias após o transplante, com inseticidas registrados para a cultura. Aplicar inseticida nas mudas, antes do transplante.
·    Selecionar mudas sadias e vigorosas para o transplante.
·    Não transplantar antes dos 21 dias.
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Uso de barreiras vivas — O objetivo é impedir ou retardar a entrada de adultos da praga na lavoura. As barreiras devem ser perpendiculares à direção predominante do vento e, quando possível, rodear a lavoura. Podem ser usados sorgo forrageiro, milho ou outra planta similar. Por ocasião do transplante do tomate, essas plantas devem estar com 1,0 m de altura. Se possível, utilizar para barreira plantas que possam ter outra utilidade, como forrageiras ou plantas para alimentação humana.
Uso de armadilhas
— Tem a finalidade de atrair e reduzir a população de adultos de mosca-branca. Usar lonas, plásticos, potes de plástico, nylon ou etiquetas, de coloração amarela (cor que atrai o inseto), untadas com óleo. As armadilhas devem ser colocadas entre as plantas, na mesma altura das plantas do cultivo.
Manutenção da lavoura no limpo — Eliminar as plantas daninhas hospedeiras de viroses antes do plantio e nos primeiros dias do estabelecimento da lavoura.
Eliminação de restos culturais — Restos de plantas não colhidas devem ser incorporados ao solo, para impedir a formação de um nicho de sobrevivência para ovos, ninfas e adultos de mosca-branca. É importante que os vizinhos da propriedade façam o mesmo.
Plantio de cultivares resistentes — Quando é difícil combater o vetor, a resistência ao vírus é a única opção para controlar o problema. Com tomate, em muitos países, estudos têm mostrado bons resultados com o plantio de cultivares resistentes às viroses.
Controle biológico
Várias espécies de inimigos naturais têm sido identificadas em associação com o complexo de espécies de mosca-branca. No grupo de predadores foram identificadas dezesseis espécies das ordens Hemiptera, Neuroptera, Coleoptera e Diptera. Entre os parasitóides, identificaram-se 37 espécies de micro-himenópteros. Os parasitóides dos gêneros Encarsia, Eretmocerus e Amitus são os mais comumente encontrados. No grupo de entomopatógenos, várias espécies são citadas, como: Verticillium lecanii, Aschersonia aleyrodis, Paecilomyces fumosoroseus e Beauveria bassiana. Adotando-se medidas de controle adequadas, tais como práticas culturais, cultivares resistentes e uso racional de inseticidas, pode-se favorecer o aumento dos inimigos naturais.
Ácaro-do-bronzeamento (Aculops lycopersici)
È de grande importância na Região Nordeste, onde o clima seco e a ausência de chuvas favorecem a sua proliferação. Nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste pode ser encontrado em níveis populacionais muito baixos durante todo o ano, mas as populações aumentam rapidamente nos meses de julho, agosto e setembro.
Com o início das primeiras chuvas, o controle químico torna-se desnecessário. Irrigação por aspersão freqüente e abundante reduz a população de ácaro e facilita o controle químico. O ácaro-do-bronzeamento é disseminado pelo vento. Coloniza o tomateiro inicialmente pela base do caule, onde se multiplica e infesta a planta toda, causando o bronzeamento característico  e a secagem das folhas e das hastes, podendo ocasionar perda total da produção. Nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste, os produtos à base de enxofre, são eficientes no controle da praga. Já na Região Nordeste, esses produtos são ineficientes. Atualmente, apenas pulverizações de Abamectin têm propiciado controle eficaz.
Larva-minadora (Liriomyza huidobrensis, L. trifolii, L. sativae)
Este complexo de espécies ocorre durante todo o ciclo do tomateiro e tem um número muito grande de plantas hospedeiras. A larva constrói minas ou galerias irregulares em forma de serpentina, destruindo o parênquima foliar e ocasionando secagem das folhas, com conseqüente redução da capacidade fotossintética da planta. . Em condições naturais, a praga é controlada por parasitóides dos gêneros Diglyphus, Chrysocharis e Halticoptera e por predadores de pupas como as formigas. O uso continuado de produtos químicos elimina os predadores naturais, agravando o problema.
O controle é feito com o uso adequado de inseticidas, quando forem observadas altas populações de adultos de Liriomyza e danos excessivos causados pelas larvas nas plantas novas. Os piretróides Deltamethrin, Permethrin ou Cypermethrin, ou os produtos Cyromazine (Trigard 750 PM), Abamectin e fosforados com boa ação de penetração têm sido eficientes.
Tripes (Frankliniella spp. e Thrips spp.)
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Os tripes são de difícil constatação nas lavouras recém-plantadas, mas podem ser facilmente encontrados nas inflorescências do tomateiro. Apresentam cor escura quando adultos, ou claras, quando ninfas, e medem menos de 1 mm . Causam maiores danos quando grandes populações migram de outras hospedeiras e infestam lavouras de tomateiro com até 45 dias pós-plantio. Sua maior importância deve-se à transmissão da virose vira-cabeça do tomateiro (Tospovírus).
Os tripes são eficientemente controlados com inseticidas carbamatos sistêmicos, aplicados no solo, ou com pulverizações de produtos com ação de contato.
Pulgões (Myzus persicae e Macrosiphum euphorbiae)
Os pulgões  raramente causam problemas à tomaticultura, em virtude do elevado número de pulverizações feitas para o controle da traça-do-tomateiro e mosca-branca. Contudo, essas espécies, transmissores das viroses mosaico ‘Y’, topo-amarelo e amarelo baixeiro, poderão ter maior importância com uma maior adoção do controle biológico da traça-do-tomateiro.
Nesse caso, recomenda-se a aplicação de Pirimicarb após a constatação de mais de dez pulgões por 40 folhas. Esse produto é específico para o controle de pulgões, não afetando o desempenho de parasitóides e predadores, como Chrysoperla spp. A pulverização de Pirimicarb (Pi-Rimor 500 PM) deve ser feita em toda a área, em razão das características de migração e dispersão do pulgões.
Lagarta-rosca (Agrotis spp), Broca-grande (Helicoverpa zea) Lagarta-militar (Spodoptera frugiperda e S. littoralis), Broca-pequena (Neoleucinodes elegantalis)
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A lagarta-rosca e a broca-grande têm pouca importância econômica no sistema de produção de tomate, devido às altas dosagens de agrotóxicos e a freqüência de pulverizações para controlar a traça-do-tomateiro. Contudo, na ausência de controle químico, poderão causar até 80% de danos aos frutos. Esses danos são facilmente distinguidos pela presença de grandes orifícios .
A broca-pequena ocorre a partir do início do florescimento. As larvas crescem no interior do fruto, alimentando-se da polpa e abrindo galerias. Saem para empupar no solo, deixando um orifício . As pulverizações para o controle desse inseto devem ser iniciadas a partir do florescimento. O jato de pulverização deve ser dirigido aos botões florais e frutos.
O controle biológico, por meio da associação de pulverizações do inseticida biológico B. thuringiensis com liberações de Trichogramma é muito eficiente no controle da broca-grande, mas não tem poder contra as lagartas dos gêneros Agrotis e Spodoptera. Em condições experimentais, as populações de broca-grande foram praticamente eliminadas após cinco liberações de Trichogramma.
O controle das lagartas-rosca e militar é feito indiretamente, quando da eliminação de plantas daninhas, evitando-se que as pragas se reproduzam, ou diretamente por ocasião de pulverizações à base de Carbaryl, localizadas e dirigidas contra os nichos onde se encontram as lagartas, uma vez que o ataque se dá em reboleiras.
Burrinho (Epicauta suturalis e E. attomaria)
Trata-se de um inseto que aparece raramente, em razão do elevado uso de inseticidas na cultura. Mas, com um maior uso do controle biológico, é possível que ocorra um aumento populacional, devido às suas características migratórias, em bando, colonizando a cultura em grupos de até 4000 indivíduos, e pela elevada capacidade consumidora de folhas. O inseto ataca em reboleiras, deixando apenas as hastes e frutos na planta. É um besouro de até 2 cm de comprimento, de cor negra e coberto de fina penugem de cor branca. O controle é feito pulverizando-se inseticidas piretróides sintéticos apenas nas regiões atacadas.
Doenças causadas por bactérias 
 Powdery Mildew Fungi on Pumpkin Leaves
Muitas doenças tem sido relatadas atacando o tomateiro, causando grande redução da produtividade e da qualidade do produto. O conhecimento da etiologia, da sintomatologia e dos métodos gerais de controle permite a identificação precoce e o tratamento preventivo das doenças. Para isso, recomendam-se vistorias freqüentes na lavoura, procurando identificar as anomalias como crescimento deficiente, murcha, manchas, mofos etc.
Doenças causadas por bactérias
·    Cancro-bacteriano (Clavibacter michiganensis subsp. Michiganensis).

É pouco freqüente em tomateiro rasteiro, comparativamente ao tomateiro envarado, certamente em função do menor manuseio. Os sintomas de infecção sistêmica são a murcha total ou parcial da plantas e descoloração vascular. A infecção localizada se caracteriza por queima das bordas dos folíolos, pequenos cancros cor de palha , facilmente observáveis nos pedúnculos, e manchas do tipo olho-de-perdiz nos frutos .  
·    Mancha-bacteriana (Xanthomonas campestris pv. vesicatoria).
Esta doença é favorecida por temperaturas mais altas (20 a 30°C). Apresenta sintomas foliares bastante semelhantes aos da pinta-bacteriana . Nos frutos, porém, as lesões são maiores, mais claras e mais profundas que as da pinta-bacteriana . Também provoca queda de flores quando o ataque ocorre por ocasião do florescimento.
·    Pinta- bacteriana (Pseudomonas syringae pv. Tomato).
Também conhecida por mancha-bacteriana pequena ou pústula-bacteriana, é muito freqüente em condições de temperaturas amenas (18a 24°C) e alta umidade. Ataca toda a parte aérea da plantas. É primeiramente observada nas folhas baixeiras, na forma de pequenas manchas necróticas de coloração marrom, normalmente circundadas por um halo amarelo. Os sintomas são mais característicos nos frutos, com a formação de pontuações negras superficiais, que podem ser arrancadas com a unha . O ataque durante a floração pode provocar intensa queda de flores.
·    Murcha-bacteriana (Pseudomonas solanacearum).
Associada a solos muito encharcados e à alta temperatura, esta doença é mais problemática no verão e em regiões de clima mais quente. A bactéria pode permanecer por vários anos no solo. O sintoma principal é a murcha da planta , de cima para baixo, a partir do início da floração, permanecendo as folhas verdes. A parte inferior do caule se toma amarronzada e ocorre a exsudação de um pus bacteriano quando se faz o “teste-do-copo”. O teste consiste em colocar um pedaço de caule da plantas suspeita em um copo com água. Em caso positivo, observa-se a exsudação de um pus bacteriano na água.
·    Talo-oco ou podridão mole dos frutos (Erwinia spp.).
Doenças causadas principalmente por Erwinia carotovora subsp. carotovora e por E. chrysanthemi. Esta última ocorre em locais com temperaturas mais elevadas. Essas bactérias são as responsáveis pelas podridões em tomate . A bactéria penetra através de ferimentos, daí a importância de controlar os insetos que provocam furos nos frutos. Requer temperatura e umidade elevadas para se tornar problema de importância econômica.

FUNGICIDA NATURAL PARA TOMATEIROS

O que Usar
Pode ser leite de caixinha ou leite em pó, depende do que você usa em casa. Se costuma ter leite em casa use o leite que tem, pode ser inclusive leite que azedou na sua geladeira ou aquele ficou esquecido em cima da pia de um dia para o outro.
Se você não costuma ter leite em casa como eu, compre leite em pó que dura uma eternidade, só prefira comprar o desnatado.
O Preparo
Se for leite de caixinha (ou garrafa) dilua na proporção de 30% de leite em água (3 copos de leite para 7 de água) para colocar a mistura diretamente na terra regando as raízes ou de 10% de leite em água (1 copo de leite para 9 de água) para borrifar a mistura nas folhas.
Se for leite em pó prepare um copo com 250 ml de água e uma colher de sopa de leite em pó e use 1 medida desse leite preparado para 4 medidas de água se for diluir para regar ou borrifar nas folhas. O leite em pó também pode ser colocado diretamente na terra, sem diluição alguma, mas se as folhas dos seus tomates já estão com fungos prefira regar a planta ou borrifar as folhas para um efeito mais rápido.
Como Usar
Se as folhas dos seus tomates já estiverem com fungos use a mistura de leite e água dia sim dia não, ou a cada 3, 4 ou 5 dias dependendo da gravidade do problema. Isso serve tanto para regas quanto para borrifar as folhas. Eu prefiro regar porque tomates não gostam de água nas folhas e isso facilita o aparacimento de fungos. Mas já vi depoimentos de pessoas que borrifaram com sucesso e de outras que tiveram problemas (provavelmente borrifaram demais e acumulou líquido ou fizeram em horário inapropriado). Eu normalmente prefiro a rega. Especialmente como preventivo, mas se os fungos estão alastrando borrifo diretamente nas folhas, mantendo também a rega.

FUNGICIDA NATURAL PARA TOMATEIROS

Nunca borrife à noite. Eu já fiz isso e o fungo piorou, imagino que tenha sido porque as folhas ficaram úmidas por muito tempo. Borrife sempre pela manhã ou no fim da tarde para dar tempo das folhas secarem bem.
Se o seu tomateiro não apresenta problema de fungos e você vai usar a mistura como preventivo pode aumentar o intervalo para uma vez por semana (se houve problema recente), a cada 15 ou 30 dias e pode até misturar o leite em pó com o adubo orgânico que você costuma usar.
Quando for borrifar faça com alguma distância da planta para não acumular líquido sobre as folhas. Tome cuidado para não saturar as folhas com a mistura. Se ficarem gotas de leite na planta, tente sacudir delicadamente pegando pelo caule para tirar o excesso.
Agora vamos aos resultados que eu obtive com os meus tomateiros…
Como eu já mencionei as folhas mais baixas estavam com fungos. Eu não as retirei como normalmente faria exatamente para mostrar os resultados do uso do leite. Primeiro fiz a aplicação do leite (usei o leite em pó diluído na água) a cada rega, dia sim dia não basicamente. Essas são as folhas e o tomateiro como estavam antes do uso do leite como tratamento para os fungos:

As folhas amareladas são as da base com fungo em estágio mais avançado e as outras com pontos brancos são as um pouco acima para onde o fungo já estava se espalhando

FUNGICIDA NATURAL PARA TOMATEIROS

Durante o uso, já na terceira aplicação, eu notei que as folhas que estavam mais afetadas pelos fungos. Não tiveram melhora. Mas a velocidade com que elas pioraram foi bem menor do que o normal, apesar de não terem tido melhora alguma. As folhas menos afetadas, que estavam só com 2 ou 3 focos de fungos se mantiveram estáveis sem piora alguma. No geral não houve progresso do fungo para folhas que ainda não estavam afetadas. As saudáveis continuavam saudáveis, o que já é uma vitória, porque fungos se espalham absurdamente rápido nos tomateiros. Você percebe a piora a cada dia se a planta não for tratada.
Após 8 dias de uso do leite a cada rega, as folhas mais doentes pioraram. Em ritmo bem mais lento do que o normal, mas pioraram, e algumas já secaram e  caíram; as menos doentes praticamente não tiveram piora, mas também não melhoraram e nenhuma folha saudável foi afetada. O tomateiro está bem mais bonito. As folhas mais novas, como não sofreram com os fungos, se desenvolveram bem e o desenvolvimento da planta no geral foi grande nesse período. Nesse momento praticamente só se via folhas verdinhas e saudáveis e vários brotos se formando, inclusive botões de flores.
O tomateiro nesse momento estava assim (tirei essas fotos com 10 dias de uso do leite):

FUNGICIDA NATURAL PARA TOMATEIROS

Posso dizer que foi o método mais eficaz que já usei, sem contar químicos, de controle de fungos em tomateiros. Vale a pena pela praticidade e por não ser tóxico ou agressivo para a planta ou para nós que vamos consumir os tomates depois.
É um método lento de tratamento se for mantida só a rega, mas borrifando vai bem mais rápido. Os resultados vem desde as primeiras aplicações. Mas acredito que leve algum tempo até que todas as folhas com fungos piorem, sequem e caiam sem que as demais sejam afetadas. Mas de qualquer forma é algo para ser utilizado como preventivo. Desde o crescimento do tomateiro e que servirá para que o problema não retorne caso sua planta já esteja doente. Mesmo que você não consiga recuperar seu tomateiro os próximos poderão crescer saudáveis sem maiores riscos de desenvolverem fungos.
Vou compartilhar um link que o Caio, um leitor do blog, gentilmente enviou e que achei muito interessante. Serve para ratificar a eficácia do uso do leite tanto na prevenção como no combate aos fungos.

Como identificar e prevenir a doença de oídio em suas plantas

Se você possui plantas em sua casa, deve ter percebido que em algumas ocasiões, as folhas começam a embranquecer como se estivessem cobertas por farinha. Caso isto já tenha ocorrido, saiba que esta mancha branca é uma doença provocada por um fungo, mais precisamente pelo oídio, e pode destruir toda sua plantação.

Como combater

– Evite molhar demasiadamente a sua planta para reduzir a umidade em torno das folhas. Se o oídio já estiver presente, remova e destrua as folhas que estão infectadas.
– Para acabar com o oídio, você pode criar uma solução com uma colher (sopa) de bicarbonato de sódio, uma colher (sopa) de sabão líquido e uma colher (sopa) de óleo vegetal misturado em um litro de água, e depois utilizar um borrifador para aplicar nas plantas.
– A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) também possui outra fórmula para controlar o fungo. Basta fazer uma mistura de 5% de leite e 95% de água e posteriormente borrifar nas plantas.
Se você não notar qualquer efeito adverso na vegetação, aplique a solução em todas as folhas. Utilize a mistura uma vez por semana e em um dia nublado para evitar queimar sua planta.

O mildio

E o inimigo númeri um dos seus Tomateiros! O míldio é uma doença coreácia que se ataca também a outras plantas e cujos sintomas podem ser levar a confundir com outras doenças.
O mildio
O mildio
Os sintomas
O ataque de míldio começa com o aparecimento de pequenas manchas castanhas nas folhas ou nos caules. As manchas vão, progressivamente, chegando à superfície e os orgãos atingidos começam a secar. O míldio pode ver-se tanto nas folhas como também nos caules e nos frutos em formação.

Tratamentos para acabar com o Míldio

Eliminar as partes afectadas 

Esta será nossa primeira forma de agir sobre a planta afectada. Eliminando as partes afectadas a tempo, evitaremos a propagação a outras folhas e talos e também a outras plantas.

Arejo e poda 

A falta de arejamento pode facilitar a colonização do míldio, e esto pode ser devido à uma folhagem muito densa e apertada. Os clareaments e podas podem ser uma solução circunstancial, porém se o problema persiste, devemos optar por modificar a planta de lugar ou escolher uma espécie melhor adaptada à humidade da zona.

Favorecer à biodiversidade:

Está demonstrado através de estudos realizados na Comunidade Valenciana que em terras inoculaads con Trichoderma harzianum, um fungo antagonista de fungos patogênios, a doença remete. É por isso que se deve evitar o uso de fungicidas, que eliminam as micorrizas (uma espécie de pequenas raízes geradas por fungos que ajudam às plantas a absorver nutrientes e água), e os fungos beneficiosos que protegem à planta de doenças e a mantém vigorosa.

Extractos de plantas

Camomila

O preparado de camomila pulverizado sobre a planta, além de ser um reforço geral, protege específicamente contra o Míldio. A infusão se prepara com 50 gramas de flores por cada litro de água e a dilução para pulverizar será de 1 litro de infusão e 9 litros de água.

Cavalinha/Rabo de cavalo

O preparado de cavalinha é um preventivo muito eficiente. Se prepara por meio  de decoccção: pôr de molho 20 gramas de planta seca por litro de água com 5-10 gramas de soda cáustica durante um dia. Depois, ferver durante 20 minutos e coar. Se pulveriza a disolução de uma parte do preparado em 9 partes de água. Convém aplicar o tratamento com houver sol.

Alho

O alho é um repelente de fungos, bactérias, pulgões e ácaros muito eficiente. Pode-se fazer uma infusão de 50 gramas de dentes de alho por cada litro de água e pulverizar a dissolução em 4 partes de água. Deve-se aplicar ao sol e durante vários dias consecutivos.
Não devemos menosprezar estas técnicas ancestrais de herboristería pois muitas delas provém de séculos de experiência, estudos e arte.
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Própole

O Propóleo é um produto elaborado pelas abelhas a partir de substâncias resinosas que recolhem nas gemas das árvores, arbustos e plantas menores. As abelhas o colocam na entrada da colmeia, com o objectivo de selas todas as fisuras e evitar a entrada ou presença de qualquer parasito ou doença.
Na agricultura é um bom fungicida natural (oídio, fusarium, phitoptora, peronospora, botritis, alternaria) e controla os microorganismos patogênios ao obstaculizar sua entrada através dos brotos, por tanto também é antiséptico e antivírico. Além disso induz à planta a aumentar suas defesas naturais.

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